Uma rémora a transportar um tubarão através dos oceanos? Não conheço tal comensalismo. Talvez num mundo onde os carapaus pesquem gaivotas, no qual os políticos estadistas se desloquem às urnas para escolherem o povo que melhor se adequa aos seus caprichos; onde as falésias embatam com estrondo no mar das ondas e no qual seja reconhecido mérito histórico aos carrascos geocentristas de Copérnico. Aqui, cada flúmen desagua nas nascentes e os objectos não possuem pessoas. A mobilização das massas é constante. Neste mundo que o devaneio desvirtuou, certamente não estaria a escrever este texto, mas ele a mim.